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O QUE É SUPERAPP E COMO A ERA MULTICANAL VAI INUTILIZAR OS APLICATIVOS

Superapp é um aplicativo que reúne diversas funcionalidades em um só lugar. Ao invés de uma infinidade de apps instalados em nossos smartphones, todos os serviços estão englobados em um único aplicativo.
E se aqui no ocidente o uso de aplicativos multifunções são ainda uma promessa, na China já é uma realidade e há algum tempo, com o WeChat.
No mercado financeiro especificamente aponta-se o uso dos marketplace banks, unindo todo o sistema bancário em um só aplicativo. Saiba mais sobre essa tendência neste post.

A inutilização dos apps

Os aplicativos já representam mais da metade do tempo gasto de cada pessoa na própria vida digital. Este cenário tão promissor fez com que surgisse uma corrida das empresas para se inserir nessa onda.
Acontece que com a gigantesca oferta no mercado das mais variadas funções e serviços, falta tempo na agenda e espaço na memória do smartphone para poder usufruir de todos os serviços disponíveis nas stores.
Retenção e engajamento em aplicativos
Isto por conta de uma dura realidade, pouco pensada no empolgante surgimento dos apps: é muito difícil engajar o usuário. Os clientes até instalam, mas acabam não encontrando relevância e deixam de usar ao longo do tempo, partindo para a desinstalação.
A verdade é que nem mesmo um desenvolvimento e ux impecável é garantia de sucesso. Menos de 25% de usuários em todo o mundo retornam ao aplicativo no dia seguinte, segundo pesquisa feita pela Appboy.
Para piorar a situação, os esforços e investimentos de marketing tem um retorno muito baixo. No Brasil, a taxa de desinstalação é de 51% (no Android) eminstalações estimuladas por campanhas de download, segundo pesquisa realizada pela Appfry. Nos EUA as desinstalações são de 31%. Uma taxa ainda relativamente alta, levando em consideração o fácil acesso àsmartphones com maior memória interna.  
Rede sociais e apps de mensagens: novas funcionalidades
Por outro lado, aplicativos sociais como Facebook e Instagram, ou mesmo apps de mensagens, como o WhatsApp e Messenger, permanecem nos smartphones das pessoas e são utilizados todos os dias.
Os aplicativos de mensagens instantâneas, os chamados messaging, possuem um índice de engajamento 6 vezes maior que de outros apps empresariais e já ultrapassa o número de usuários ativos em comparação com de redes sociais, de acordo com a BI Intelligence. Essa tendência já era vista em 2015, conforme gráfico abaixo:
Os aplicativos de mensagens instantâneas, os chamados messaging, possuem um índice de engajamento 6 vezes maior que de outros apps empresariais e já ultrapassa o número de usuários ativos em comparação com de redes sociais
Apps de mensagem superam as redes sociais

Mark Zuckenberg, que não é bobo, anunciou no último F8, o evento anual do Facebook para desenvolvedores, a abertura da plataforma do Messenger para as empresas. E já está em fase de testes o uso do Messenger para que marcas recebam pagamentos direto pelo app.
Há rumores que o Whatsapp irá iniciar operações de pagamentos via sua plataforma na ÍndiaA proposta é aproveitar sua popularidade e fazer o que outros aplicativos de pagamentos ainda não conseguem: alcançar um número de pessoas massivo. Além de realizar pagamentos, os usuários poderão fazer até mesmo transferências entre si, como nos apps PicPay e DinDin.
Este mercado em ascensão,  que inclui os pagamentos digitais, é chamado de fintechs. Entenda mais profundamente sobre este mercado neste post, e outrastendências neste outro post no nosso blog. 
Essa incorporação de diversas funções dentro de um único aplicativo recebe o nome de superapps, ou super aplicativos. Eliminando a necessidade do uso de diversas plataformas.
WeChat: o que é superapp chinês que tem muito a nos ensinar
O WeChat nasceu como um aplicativo de mensagens de texto e voz. E o que era uma cópia do WhatsApp se transformou em um super aplicativo presente em todos os momentos da vida chinesa.
Basicamente você pode procurar um serviço, contratá-lo, pagar por ele e recomendá-lo para os amigos sem sair do aplicativo. Ou ainda chamar um taxi, enquanto espera acompanhar a timeline dos seus amigos ou conversa com eles por chats e grupos. E até pode alugar uma bike pública.
Com a propriedade de quem viveu mais de um ano no país, pude confirmar com meus próprios olhos: os chineses são vidrados no WeChat. Eles literalmente pedem seu ID no app instantaneamente após perguntar seu nome.
E como usuária assídua, posso garantir: o app é impressionante! Você baixa o aplicativo e pode usar a leitura de QR Code tanto para adicionar novos amigos, como para autorizar pagamentos ou buscar cupons de desconto, promoções em lojas, dar gorjeta e até esmola. (sim!! pedintes e artistas de rua aceitam pagamento via WeChat). O pagamento é feito com a digital ou a senha no celular, mais seguro que cartão de crédito.
O que impressiona é também a capilaridade e a rapidez com que escalaram o negócio. O pagamento por WeChat é aceito desde grandes lojas à pequenas conveniências. Cerca de 60% dos pagamentos na China não usam mais dinheiro, são feitos via Wechat e Alipay. A carteira virtual é uma realidade  chinesa há 3 anos.
Impressiona, porém não surpreende. Com uma população gigantesca e entusiasta de novas tecnologias; com acesso barato à smartphones e um mercado fechado (com proibição do uso do Facebook e Google).  A China é terra fértil para quem tiver o apoio do governo chinês. E o WeChat tem, e provavelmente não existiria se não tivesse. Em troca faz a censura de conteúdos não aprovados pela ditadura chinesa. 

Uma alternativa aos desbancarizados

O app trouxe além de facilidade, uma alternativa aos desbancarizados. Houve um salto direto da desbancarização ao uso do superapp para pagamentos. Muitos nem mesmo passaram por uma transição, foram diretamente à inclusão via superapp. Nunca tiveram uma conta bancária e provavelmente nunca terão. Essa é uma amostra do que pode acontecer no Brasil, entenda melhor sobre a desbancarização e a morte dos bancos neste post.
Se o Facebook conseguir implantar nova função de pagamento e engajar com a mesma maestria que Wechat fez na China, pode ser a morte de diversos aplicativos. Ou, quem sabe, um bom momento para venda e fusões se a rede social estiver interessada em utilizar tecnologias já desenvolvidas por outras empresas.  

Fonte: https://darwinstartups.com

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