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Transporte Multimodal




O transporte multimodal é o nome dado à utilização de diversos meios de transporte com o objetivo de diminuir custos, tempo e o impacto ambiental causado pelos deslocamentos. Em logística discutimos muito esse assunto no transporte de cargas, especialmente para longas distâncias.

Sabemos que no Brasil as rodovias são utilizadas para todo tipo de transporte, seja de curta ou longa distância. No entanto, já sabemos que esta não é a opção ideal, pois o transporte rodoviário deixa de ser economicamente atrativo para médias e longas distâncias.

As ferrovias brasileiras poderiam ser melhor exploradas, não fosse o problema de terem bitolas de tamanhos diferentes em diferentes regiões. Assim, vemos a possibilidade de uma primeira integração, que não chega a ser multi modal, mas “multi trem”. Além disso, a maioria das ferrovias brasileiras tem o litoral como destino, e poderiam servir como fonte de carga para os portos trabalharem com o transporte por cabotagem. Aí sim começamos a falar em multimodalidade.

O transporte ferroviário é indicado quando o volume de cargas é grande, baixo valor e grande densidade (baratos e pesados, como minérios, por exemplo) e é um meio de transporte menos poluidor que os caminhões. Estes, por sua vez, em altíssima adaptabilidade com relação ao tipo de carga a ser transportada, tem ampla cobertura geográfica e exige menos custos em termos de embalagens.

Mas podemos também olhar para o litoral e avaliar a possibilidade de utilizar a cabotagem como meio de transporte de cargas: é muito competitivo para produtos baratos (ferro, cimento, químicos) mas é pouco flexível e exige um tempo de transporte maior.

Se pensarmos em plataformas multimodais completas, é preciso haver a integração efetiva de pelo menos dois meios de transporte, sendo os três citados acima os mais usuais. Mas outras opções ainda existem. Confira abaixo.

No modo aéreo, apesar do alto custo, temos um tempo de transporte baixo, boa confiabilidade e é indicado para produtos de alto valor agregado. No entanto sofre, assim como nos portos, da lentidão no desembaraço da carga, devido à saturação da capacidade dos aeroportos nacionais.

Por fim, temos o transporte por dutos, ou dutoviário. Estes têm uma vida útil bastante longa, requerem pouca manutenção ou mão-de-obra para o funcionamento e é bastante rápido. É usado para líquidos e gases (gás natural, químicos, dentre outros). No entanto a adaptabilidade para outros tipos de produto é quase nula e necessita de investimento inicial elevado.


Infraestrutura Intermodal

Relacionada com a utilização dos locais onde ocorrem a transferência de carga de um modal para outro, temos como exemplo:

  • TERMINAL PORTUÁRIO (instalado nos portos marítimos para transferência de carga geral, granel e containers de navios para caminhões e vagões)
  • TERMINAL FERROVIÁRIO (instalado próximo a estações ferroviárias para transferência de carga geral, granel e containers de vagão para caminhão)
  • TERMINAL RODOVIÁRIO (locais para transferência de cargas entre caminhões e armazéns)
  • TERMINAL HIDROVIÁRIO (instalado ao longo dos rios para transferência de carga geral e a granel das “chatas/barcaças” para caminhões e vagões)
  • TERMINAL AEROPORTUÁRIO (instalado nos aeroportos para transferência de carga geral de aviões para caminhões)
  • TERMINAL DUTOVIÁRIO (localizados em áreas específicas para transferência de carga líquefeita como gás, petróleo, óleo diesel e álcool)

A empresa que atua no comércio exterior ou no mercado interno e sente que sua logística começa a enfrentar dificuldades cada vez maiores que comprometem o atendimento de seus clientes, com custos que aumentam e afetam a margem de rentabilidade, ou ainda a concorrência que pressiona e participa do seu mercado, está na hora de rever conceitos e pensar estratégicamente nas reais possibilidades que podem existir através da multimodalidade.


Fonte: Leandro Callegari Coelho - Logística Descomplicada © 2009 - 2010 / jnd47442 17:45:24 — Arquivado em: http://logisfer.blog.terra.com.br/

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