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Telefonista: o cartão de visita das organizações

Muito mais do que efetuar ligações, a telefonista é a voz da empresa em que trabalha. Seu dia é comemorado em 29 de junho, mesmo dia de São Pedro. Em uma passagem bíblica, Jesus diz a São Pedro que o santo possui a chave do céu, citando que “tudo que for ligado na Terra, será ligado no céu”. Por conta da analogia com a função da telefonista, o dia de São Pedro tornou-se a data comemorativa da profissão.

Operar equipamentos, atender, transferir, cadastrar e completar chamadas telefônicas locais, nacionais e internacionais, comunicando-se formalmente em português e/ou línguas estrangeiras são suas principais funções. A telefonista representa a companhia em todos os sentidos. Uma boa profissional colabora para a empresa conquistar clientes e agrega valor à marca, tornando-se a porta de entrada das organizações. “Ela deve ter uma preparação técnica de postura e bom tom de voz. Por lidar diretamente com pessoas, deve manter sempre a educação para causar uma boa impressão e conduzir de forma satisfatória este contato entre pessoas e empresa”, indica Cenise Monteiro de Moraes, diretora da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações (Fenattel).
Com o atendimento automático e a chegada das novas tecnologias, a telefonista perdeu espaço e houve uma redução da categoria nos últimos tempos. Porém, em grandes empresas, ainda é muito comum encontrarmos esta profissional.
O cargo de telefonista se modernizou e se expandiu. Elas são, em sua maioria, do sexo feminino, com cerca de 90% das ocupações da classe. Os segmentos que mais contratam estas profissionais são as grandes multinacionais, hotéis, radiotáxis, instituições de ensino e hospitais. De acordo com a diretora, humanizar a empresa é uma das funções da telefonista. “Ela é a pessoa que recebe ligações, escuta os clientes e fornecedores, e que anota recados e transfere ligações com mais agilidade”, conta.
Conhecer bem a empresa como um todo é fundamental para a profissão. Ter destreza e boa memória também colaboram muito para a execução do trabalho. É importante conhecer todos os departamentos e ter muita tolerância. “Às vezes, atendemos pessoas alteradas e é necessário ter paciência e jogo de cintura nestas situações. Então, o atendimento deve ser feito com profissionalismo e regularidade”, explica Cenise.
A função de telefonista também serve como porta de entrada para o mercado de trabalho, apesar de muitas empresas exigirem profissionais já experientes para ocupar o cargo. “Muito jovens são recrutados e preparados pelas próprias companhias por meio de treinamentos. Existem também casos de pessoas que querem voltar a trabalhar e procuram esta função para retomar a carreira”, aponta.
Para atuar na função, não há exigências quanto à formação. No entanto, é importante que o profissional tenha o ensino médio completo, bons conhecimentos na língua portuguesa e facilidade de comunicação – saber outros idiomas é um diferencial no momento da contratação. “Ter fluência verbal e ser comunicativa são competências básicas. A questão da vestimenta também é muito valorizada e as empresas exigem profissionais bem uniformizadas”, diz Virgínia Berriel, diretora do Sinttel-Rio (Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicação do Estado do Rio de Janeiro).

Futuro na profissão

Por não haver muitas possibilidades de crescimento na carreira, a função de telefonista acaba servindo como um trampolim para outras áreas e cargos em uma organização. Muitas pessoas expõe a capacidade de executar tarefas mais complexas e acabam migrando para outros departamentos. Mostrar interesse em progredir é fundamental. Criar relacionamentos com outros funcionários e ter atenção a processos internos de promoção também são dicas interessantes. Segundo Berriel, existe a possibilidade de ascensão no caso de se tornar uma telefonista bilíngue ou trilíngue. “Algumas empresas possuem grupos maiores de profissionais que demandam uma supervisora, mas isso não acontece muito”, pondera.
A profissional tem a consciência da limitação da atividade e, muitas vezes, possui dois empregos. A jornada de trabalho de uma telefonista é de seis horas, o que permite maior flexibilidade de horário. “Por lei, a jornada máxima é de 36 horas semanais e o Sindicato não recomenda ultrapassar este limite por questões de estafa e saúde”, comenta a diretora do Sinttel-Rio.

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